domingo, 23 de setembro de 2007

Sinal amarelo ligado! Flamengo empata com Juventude e se reaproxima da zona

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Por Gabriel Seixas


- De um lado, uma equipe (até então) na 13ª posição; Do outro, o penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro. Para completar, um gramado encharcado, com drenagem falha. Tudo conspirava para um jogo ruim e de baixíssimo nível técnico. A realidade não fugiu muito disso, mas apesar dos pesares, Flamengo e Juventude protagonizaram uma partida de equilíbrio, e principalmente, superação. Um empate merecido, pelo futebol de ambos os times.

- Joel Santana inovou na formação tática da equipe, mesmo sendo uma mudança discreta: Pra quem esperava um 4-3-2-1, com Toró e Maxi Biancucchi armando os contra-ataques para Souza, em tese, o único atacante da equipe. O que se viu em campo foi Biancucchi muito próximo de Souza, com Toró tendo o auxílio de Cristian no setor criativo. Além deles, Juan e Léo Moura, como de costume, tinham ampla liberdade para atacar, já que tinham a cobertura de Jaílton e Rômulo, respectivamente.

- Já o técnico Beto Almeida, que tem a árdua missão de tirar o Juventude da lama (missão esta que Ivo Woortmann e Cláudio Duarte não conseguiram), armou a equipe da serra gaúcha no 4-2-2-2. Com um sistema defensivo totalmente novo, a equipe mostrou um certo desentrosamento neste setor. No meio-campo, Vanzini e Júlio César eram os encarregados de anular as jogadas de Cristian e Toró, enquanto Renato e William flutuavam nas costas de Juan e Leonardo Moura, já que as coberturas de Jaílton, e principalmente de Rômulo, falhavam. Bruno e Tadeu mantinham-se fixos, aproveitando uma falha ou outra de Fábio Luciano e Ronaldo Angelim.

- A arbitragem começou polêmica antes mesmo do início da partida. Os dirigentes rubro-negros contestaram a escalação de Evandro Rogério Roman para a partida, já que o árbitro é paranaense, e os clubes do Paraná que estão na competição (Atlético-PR e Paraná) brigam contra o Flamengo para se distanciarem da zona de rebaixamento. E logo no início da partida, o árbitro invalidou um gol de Leonardo Moura, que de acordo com o tira-teima “global”, foi legal.

- O Flamengo, em uma das poucas jogadas onde trabalhou a bola (já que o gramado dificultava esse tipo de jogada), marcou em uma tabela de Souza e Leonardo Moura, com conclusão precisa do segundo. O Juventude respondeu, e após cabeçada de Tadeu na trave, a equipe da serra gaúcha empatou, quanto Bruno cobrou escanteio e Vanzini cabeceou. O “quique” da bola enganou o goleiro Bruno e Leonardo Moura (que estava em cima da linha), e a bola acabou encontrando o caminho das redes. O Flamengo encontrava dificuldades no setor de criação, já que é uma equipe muito técnica e o estado do gramado dificultava as jogadas com a bola no chão. Quanto ao Juventude, que explorava as bolas aéreas, não havia tantos problemas assim.

- Joel Santana, percebendo este aspecto, colocou Leonardo na vaga de Maxi no intervalo. Um jogador mais pesado, que prende os zagueiros, e que se adapta mais rápido ao gramado. E num lance de oportunismo, o mesmo Leonardo aproveitou cabeçada de Ronaldo Angelim, e com apenas Michel Alves a sua frente, tocou para o gol, recolocando o Flamengo em vantagem. Beto Almeida acordou na partida, e lançou o meia Marcelo Costa na vaga de Vanzini (percebendo que a equipe necessitava de um pouco mais de técnica na saída de bola), e colocou Tiago Cavalcanti no lugar de Renato, recuando Bruno para o meio-campo. As alterações deram certas, e o atacante Tiago, aproveitando falhas infantis de Rômulo e Ronaldo Angelim, fez o gol de empate.

- Michel Alves, indiscutivelmente, foi o destaque da partida. Já havia feito defesas importantes no 1º tempo, e após o empate do Ju, o goleiro teve muito trabalho, evitando gols incríveis de Leonardo, Souza (duas vezes) e Cristian.

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