Por Gabriel Seixas
- O clássico mais charmoso do Brasil terminou com um esperado, historicamente, normal: O Fluminense, mais uma vez, derrotou o Flamengo, e desta vez com autoridade, do início ao fim. Apesar do resultado, o rubro-negro foi o fator fundamental para que o Maracanã coubesse 73.000 pessoas, sendo apenas 61.000 pagantes (de onde aparecem tantos não-pagantes?). Com o resultado, o Flamengo despenca três posições e agora é 13º, com os mesmos 40 pontos. Já o Fluminense mantém a quinta posição, com 47 pontos.
- Embalado pela vitória sobre o líder isolado da competição, três dias atrás, o rubro-negro entrou cheio de moral para o clássico. Joel Santana não pôde contar com Maxi Biancucchi, que foi substituído por Toró. Com a mudança, o atacante Souza ficou bastante isolado em alguns momentos da partida, e não soube prender os dois zagueiros do Flu, Thiago Silva e Luiz Alberto – pra variar, soberbos em campo.
- Pelo lado do tricolor, os desfalques de Rafael e David não foram tão sentidos assim pela equipe. Isto porque Renato Gaúcho lançou Gabriel, ídolo da torcida na lateral-direita, e recolocou Thiago Neves na equipe titular, após um longo período que envolveu um processo de renovação – que terminou com final feliz.
- Não deu nem tempo para avaliar o comportamento de ambas as equipes. Logo no primeiro minuto de jogo, Alex Dias levantou na área e Somália, desajeitado, desviou a bola, que morreu no fundo das redes, matando o goleiro Bruno. Com o gol, o Flu passou a ter mais facilidades para chegar ao gol rubro-negro, e quase marcou com Alex Dias.
- A melhor chance do Flamengo foi aos 18 minutos, quando Ibson aproveitou rebatida da zaga, e de primeira, mandou um chutaço rente a trave de Fernando Henrique. O rubro-negro não encontrava espaços para infiltrar-se na zaga bem montada por Renato, formada por Thiago Silva que, novamente, comprovou a excelente fase que vive, e Luiz Alberto, em mais uma demonstração de crescimento no rendimento para a equipe. O caminho para o Flu chegar ao gol rubro-negro era o lado direito de ataque: Com as subidas constantes de Ronaldo Angelim, e as péssimas partidas de Rômulo e Juan, Gabriel e Alex Dias deitavam e rolavam pelo setor.
- Porém, o placar só foi aumentado no segundo tempo. Aos 2 minutos, Arouca aproveitou passe errado de Juan, arrancou e deu um ótimo lançamento para Somália. O camisa 9, novo “garçom” da equipe, chutou e acabou dando uma assistência para Thiago Neves, que completou para o gol vazio: 2 a 0 Flu.
- O Fluminense administrava tranqüilamente a partida, e poderia até sair com um placar mais elástico, não fosse o excesso de preciosismo de Alex Dias.. Joel Santana, irritado com a postura da equipe em campo, promoveu as entradas de Hugo Colace, Léo Medeiros e Kayke – sem sucesso.
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