domingo, 2 de dezembro de 2007

Náutico vence Flamengo em clima de despedida

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Por Gabriel Seixas


Sem maiores pretensões no campeonato, Náutico e Flamengo entraram em campo descompromissados, protagonizando um jogo bastante sonolento, que em certos momentos irritou a torcida presente. O rubro-negro, que ainda tinha chances de conquistar o vice-campeonato teve a seu favor a derrota do Santos, mas não conseguiu o principal para garantir o 2º lugar: A vitória. Impondo um ritmo superior, o Timbu aproveitou as fracas investidas do adversário e marcou o gol nos minutos finais, com o lateral Sidny.

Apesar da derrota, o Flamengo terminou o campeonato em 3º lugar, com 61 pontos – garantindo assim, uma vaga direta na Taça Libertadores. Já o Náutico entrou na rodada consciente de que, independente do resultado, não sairia da 15ª posição. Serviram de consolo os 49 pontos, que não foram nada mal para os alvirrubros, que devem muito a Roberto Fernandes, protagonista principal da ascensão do time em determinado momento do campeonato.

Aliás, Roberto Fernandes teve uma ousadia que poderia ser mais presente nas partidas anteriores, a começar pelo esquema tático: O 3-5-2 foi substituído por 4-4-2, mas tanto Sidny quanto Júlio César continuaram soltos pelas alas. Não bastasse a troca do esquema, o técnico ainda utilizou dois meias armadores (Acosta, artilheiro do campeonato, e Geraldo) e dois atacantes velozes – Felipe e Marcelinho. Do outro lado, Joel Santana substituiu Jaílton por Léo Medeiros, improvisando Cristian na cabeça-de-área. De resto, a única mudança foi a entrada de Obina no ataque, ainda fora de ritmo.

A partida começou em ritmo totalmente irritante, provocando um tédio incomum pra quem via as duas equipes em ação nas partidas anteriores. O Náutico levava perigo em chutes de fora da área. Foram dois que assustaram a meta rubro-negra: No primeiro, o lateral Júlio César acertou o travessão. No segundo, o volante Elicarlos se aventurou no ataque, e da entrada da área chutou colocado, mas Bruno espalmou pra escanteio. O Flamengo teve duas oportunidades para abrir o placar em cobranças de falta, mas ambas foram desperdiçadas por Léo Medeiros, que atuou como segundo volante.

Porém, a melhor oportunidade do 1º tempo ficou mesmo por conta do rubro-negro: Maxi Biancucchi fez ótima jogada pelo flanco direito, entortando Júlio César e dando um passe açucarado para Toró. O meia, pré-convocado para as Olimpíadas em Pequim, desperdiçou uma oportunidade de ouro na marca do pênalti, com o goleiro Fabiano fora da jogada.

Na volta pro intervalo, o Flamengo voltou com uma novidade: Roger, que provavelmente terá seu contrato renovado, entrou no lugar do cansado Maxi. E logo nos seus primeiros minutos em campo, o meia serviu Obina, que chutou rente a trave de Fabiano. Pouco depois, o zagueiro Fábio Luciano perdeu um gol incrível, quando recebeu lançamento e, livre dentro da área, chutou pra fora. O zagueiro já havia chamado a atenção no primeiro tempo, quando trocou farpas com o uruguaio Beto Acosta, vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro.

Depois de mais alguns minutos de sonolência, o Náutico abriu o placar. Ferreira, que havia entrado no lugar de Felipe, lançou Sidny. Dentro da área, o lateral avançou e chutou cruzado, abrindo o placar para o Timbu. A partir daí, o nome do jogo foi Paulo Sérgio. O atacante, que retornava de conclusão, teve duas ótimas chances para empatar o jogo. Na melhor delas, ele aproveitou rebote de Fabiano em chute de Ibson e isolou, frustrando de vez as remotas esperanças da maior torcida do Brasil. No fim, valeu a atitude profissional do Náutico, que entrou em campo com o objetivo de se despedir em alta com a torcida, e saiu feliz.

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