domingo, 4 de outubro de 2009

Corinthians perde do Furacão e praticamente dá adeus ao título

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Por Gabriel Seixas

Com a vaga para a Libertadores carimbada, a única aspiração do Corinthians no Campeonato Brasileiro era o título, já que são praticamente nulas as chances de rebaixamento. Mas o sonho da tríplice coroa, definitivamente, parece ter chegado ao fim. O time perdeu pontos importantíssimos, desta vez com uma derrota, em pleno Pacaembu, para o Atlético-PR por 3 a 1. Paulo Baier, Wallyson e Wesley fizeram os gols do rubro-negro, enquanto Jucilei fez o de honra dos mandantes. O Timão momentaneamente é o 9º com 38 pontos, mas pode terminar a rodada em 11º, dependendo de outros resultados. Há quatro jogos sem vencer, o Timão ainda convive com a distância de 12 pontos para o líder, vantagem que conforme o desenrolar da rodada de domingo, pode aumentar. O Furacão manteve o 14º lugar com 34 pontos, se afastando ainda mais do Z-4 e encostando na zona da Sul-Americana.

Os alvinegros sentiram o esquema essencialmente ofensivo, com apenas um volante de marcação, no caso Marcelo Mattos. Elias e Edno, este que fazia sua estreia pelo clube, com características mais ofensivas, completaram o meio-campo, mas não jogaram bem. Na frente, o trio de ataque titular, formado por Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo. Além disso, Mano Menezes teve de escalar uma dupla de zaga reserva, formada por Paulo André e Renato. O desentrosamento e as falhas individuais, principalmente do segundo, comprometeram o setor defensivo.

Do outro lado, Antônio Lopes acabou optando de última hora pelo 4-4-2 ao 3-5-2. E a escolha não poderia ter sido mais acertada: Wesley rendeu muito bem jogando no meio-campo, bem como o time passou a jogar com dois laterais que têm preferência em jogar na função, Nei e Márcio Azevedo. Wallyson começou o jogo no ataque ao lado de Marcinho, e também teve atuação de destaque.

O jogo não empolgou no primeiro tempo, muito porque as equipes não conseguiam manter um ímpeto ofensivo por muito tempo. Aos 23 minutos, Marcinho recebeu passe de Wallyson e arriscou para o gol de Felipe, e por pouco não abriu o placar. Treze minutos depois, o alvinegro respondeu com Dentinho, que aproveitou cobrança de escanteio de Edno e cabeceou rente ao gol de Galatto.

Na segunda etapa, a partida foi muito melhor, com os goleiros trabalhando bastante. Quem começou assustando foi o Furacão, quando Nei aproveitou cobrança de falta e exigiu boa defesa de Felipe. No lance seguinte, Dentinho pegou sobra de jogada errada de Ronaldo e chutou forte, mas Galatto se esticou e evitou o primeiro gol da partida.

Quando o ponteiro ainda marcava seis minutos, o Atlético abriu o placar. Wallyson fez grande jogada pela direita e cruzou rasteiro pra área. Paulo Baier, sem dominar, concluiu no ângulo de Felipe, que nem se mexeu. O Timão, em busca do empate, levou perigo por duas vezes: a primeira com Elias, que recebeu cruzamento de Ronaldo, dominou e bateu pra fora. Aos 17 minutos, Dentinho, de bicicleta, também levou perigo. A bola ainda foi desviada antes de passar rente ao gol de Galatto.

A incompetência alvinegra no setor ofensivo não foi perdoada por Wallyson. Em outra jogada pela ponta direita, nas costas do lateral do Corinthians, Marcinho, o atacante driblou Paulo André e bateu cruzado, no contrapé de Felipe.

Já com Defederico, Souza e Jucilei em campo, o Corinthians conseguiu diminuir a vantagem rubro-negra. Ronaldo cobrou falta da esquerda, e o zagueiro rubro-negro Chico afastou mal, mandando a bola na cabeça de Jucilei, que deslocou Galatto e diminuiu o marcador.

Nos acréscimos, Galatto operou dois milagres que seguraram a vitória do Atlético. O primeiro foi aos 45, quando Ronaldo arriscou um chute colocado que o goleiro desviou pra fora. O segundo foi pouco depois, protagonizado por Defederico, que driblou o marcador, e da intermediária, chutou forte, mas Galatto estava lá para salvar. No finzinho, ainda deu para o Atlético marcar mais um, com Wesley. O meia chutou fraco de fora da área, e na tentativa de encaixar a bola, Felipe engoliu um peru. Àquela altura, os comandados de Mano não tinham mais o que fazer, a não ser se conformar em sair sem nenhum ponto de campo. E conformado em também apenas cumprir tabela daqui para o fim do campeonato.

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