quinta-feira, 11 de março de 2010

Love “impera”, Flamengo vence o Caracas e segue 100% na Libertadores

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Por Gabriel Seixas

Desfalcado de sua principal estrela, o ‘Imperador’ Adriano (que foi manchete em todos os meios de comunicação futebolísticos na véspera do jogo), o Flamengo teve muitas dificuldades para vencer o Caracas na Venezuela por 3 a 1. O rubro-negro jogou praticamente o 2º tempo inteiro com um jogador a menos, com a expulsão de Toró. Quando o jogo estava empatado em 1 a 1, o artilheiro Vagner Love, que marcara o primeiro gol, fez mais um e desempatou o jogo. Rodrigo Alvim fechou a conta no último minuto, enquanto Castellín fez o de honra do Caracas. O Flamengo segue com 100% de aproveitamento e com a liderança do Grupo 8 da Libertadores em dois jogos disputados, enquanto o Caracas vive situação inversa: perdeu as duas partidas e é o lanterna. O próximo compromisso do Fla é pelo Campeonato Carioca, no domingo: é o ‘Clássico dos Milhões’, contra o Vasco.

O Flamengo viveu um clima tenso na véspera da partida, causado pelo episódio de Adriano, que se envolveu numa confusão em um baile funk, e dias depois, teve seu vício com o álcool revelado para a imprensa. Sem o Imperador, Andrade resolveu optar por Petkovic, que também não está tão à vontade na Gávea. O esquema tático também foi mudado: o time jogou num 4-2-3-1, com Vinicius Pacheco, Kléberson e Petkovic sendo os responsáveis pela criação, municiando Vagner Love, que antes do jogo, tinha 10 gols anotados na temporada.

O primeiro tempo foi simplesmente sofrível. Os dois times pareciam estar procurando se encontrar na partida, e praticamente não chutaram a gol. O Caracas teve sua melhor chance aos 30 minutos, quando Guerra recebeu pelo flanco direito, e na tentativa de encobrir Bruno, mandou por cima do gol.

Cinco minutos depois, Petkovic chutou de perna esquerda dentro da área, e o zagueiro do Caracas resvalou com a mão na bola. Pênalti! Vagner Love, que havia perdido um penal na estreia do Fla na Libertadores, foi para a cobrança, mas desta vez não decepcionou: chutou no canto direito do goleiro, que acertou o lado, mas não alcançou a bola: 1 a 0 Flamengo.

Em vantagem no placar, o Fla voltou para o 2º tempo com uma proposta de administrar o jogo. Mas o Caracas não deu a mesma moleza da primeira etapa: logo no primeiro minuto, Lucena arriscou de muito longe, e a bola passou com perigo rente ao gol de Bruno. Três minutos depois, outra chance ainda mais clara: Gómez cobrou falta com perfeição, por cima da barreira, mas a bola caprichosamente bateu no travessão.

A situação ficou ainda mais complicada aos oito minutos: Toró levou um drible desconcertante de Cichero e parou o venezuelano com falta. Recebeu o cartão amarelo, e como já havia levado outro anteriormente, foi expulso.

Andrade resolveu recuar o time, colocando Rodrigo Alvim e Ronaldo Angelim nas vagas de Fernando e Petkovic. Acuado, o Fla deu espaços, e o Caracas conseguiu o empate: Gómez lançou o atacante Castrillón, que girou pra cima de Álvaro, e bateu rasante de perna esquerda. Tudo igual na Venezuela.

O Flamengo continuava atônito. Vinicius Pacheco nem de longe lembrava aquele jogador incisivo de outros jogos, Kleberson chegava pouco, e Vagner Love estava muito isolado. O Fla só voltou a chegar com perigo aos 28 minutos. E que perigo! Love lançou Kleberson, que ficou cara a cara dentro da área. Ele chutou colocado, mas o goleiro Vega espalmou e a bola ainda bateu no travessão.

No minuto seguinte, Kleberson e Love inverteram os papeis: o primeiro lançou o segundo, que saiu na cara de Vega, driblou o goleiro, e ao contrário do seu companheiro, não desperdiçou.

O Caracas sentiu o gol, e não conseguiu impor o ritmo de jogo que exerceu nos primeiros minutos do segundo tempo. Chegou uma única vez aos 36 minutos numa cabeçada de Prieto, pra fora. E foi só.

Andrade queimou sua última substituição, lançando Fierro no lugar do apagado Vinicius Pacheco. O chileno entrou bem, mas quem marcou o último gol foi outro suplente: Rodrigo Alvim se aventurou pela direita, roubou a bola do marcador e foi em direção à área. Com precisão, ele chutou colocado, e a bola passou por debaixo das mãos do goleiro Vega. 3 a 1, placar final na Venezuela. E 100% de aproveitamento mantido pelo Flamengo, que encerra o “primeiro turno” de seu grupo enfrentando a Universidad de Chile, que fez 1 ponto em dois jogos.

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