domingo, 16 de maio de 2010

Botafogo quebra jejum e surpreende o São Paulo no Morumbi

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Por Gabriel Seixas

- Em jogos de Campeonatos Brasileiros, o Botafogo não vencia o São Paulo desde 1995. Contando jogos oficiais, independentemente da competição, o jejum diminuía para dez anos (desde 2000). Os números parecem ter sido apenas um dos aliados para a motivação do Botafogo, que mais uma vez ficou devendo no aspecto técnico, mas superou suas limitações em campo e derrotou o São Paulo, em pleno Morumbi, por 2 a 1.

- Como já virou rotina nas primeiras rodadas do Brasileirão, a partida foi nivelada por baixo em nível técnico. O Botafogo mais uma vez se limitou a lançar bolas pra área e explorar cobranças de falta e escanteio, e sentiu a ausência do uruguaio Abreu no ataque. O São Paulo, com um time praticamente inteiro reserva, não deixou pra menos. Parecia estar com a cabeça na Libertadores, mesmo com jogadores de qualidade que deveriam estar motivados para conquistar um espaço no time titular.

- As aparências enganam: o primeiro tempo foi relativamente bom, com muitas oportunidades de gol criadas pelos times. Washington teve boa chance de abrir o placar para o São Paulo aos sete minutos, mas se enrolou na área ao driblar o goleiro Jefferson, e facilitou o trabalho do zagueiro adversário Antônio Carlos, que afastou a bola.

- Só que a frustração pelo gol perdido durou apenas um minuto. Jorge Wagner dominou na esquerda e cruzou pra área, onde estava Leo Lima, que se antecipou à zaga e cabeceou no cantinho de Jefferson, abrindo o placar.

- O Botafogo passou a ensaiar uma pressão na defesa são-paulina, mas só chegava efetivamente em bolas paradas. Quase sofreu o segundo gol aos 25 minutos, quando Washington dominou na área, e com ótimas condições para finalizar, bateu por cima do gol.

- E como quem não faz leva, o Botafogo empatou o jogo aos 28 minutos. Lucio Flavio, que voltara ao time titular, cobrou falta da esquerda, e o zagueiro Antônio Carlos, de cabeça, mandou a bola pro gol. Foi o 3º gol do defensor até aqui, artilheiro do campeonato ao lado de outro zagueiro, Emerson, do Avaí.

- O movimentado primeiro tempo deu lugar a uma insossa etapa final. Os times estavam absolutamente descompromissados, parecendo satisfeitos com o empate. Ricardo Gomes mexeu no São Paulo aos 19 minutos, tirando o inoperante Washington para a entrada de Fernandinho, buscando velocidade no ataque. Joel Santana respondeu pelo Fogão, colocando Edno na vaga de Sandro Silva, deixando o time na base do tudo ou nada.

- Mas o Botafogo voltou mesmo ao jogo só com as entradas de Marcelo Cordeiro e Renato Cajá nas vagas de Alessandro e Lucio Flavio. O time passou a distribuir mais o jogo pelas pontas, e quase virou o placar aos 35 minutos: Caio aproveitou falha de Rogério Ceni na saída do gol e testou com firmeza, mas a bola saiu por cima.

- Aos 37, foi a vez de Renato Cajá acertar um petardo de fora da área, mas Rogério Ceni fez grande defesa. Fruto da insistência, o Bota conseguiu o merecido segundo gol a três minutos do fim. Renato Cajá começou a jogada e serviu Herrera, que dentro da área, fez o pivô para o próprio Cajá. O meia dominou na área e tocou na saída de Rogério Ceni, dando números finais a partida.

Curtinhas:

- De virada, o Internacional venceu o Goiás por 3 a 2 e conquistou sua primeira vitória no Brasileirão. Com time misto, os Colorados tomaram um susto no primeiro tempo, quando os goianos abriram 2 a 0 com gols de Everton Santos e Amaral. Só que a etapa final foi toda do Inter, que empatou com dois gols de Walter, e virou com o meia Giuliano, cobrando pênalti.

- Na Vila Belmiro, uma das grandes zebras da rodada: o Santos recebeu o Ceará e não passou de um empate em 1 a 1. Mesmo com praticamente todos os titulares, o Peixe teve dificuldades, e sofreu um gol através do estreante Washington. Ainda no primeiro tempo, Neymar, de pênalti, deixou tudo igual. Os cearenses ainda reclamaram muito da arbitragem do jogo, que anulou um gol legal do Ceará, e marcou um pênalti inexistente para o Santos.

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