sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Cruzeiro novo

Share |
Por Sidney Braga para o Blog de Mauro Betting - http://www.lancenet.com.br/blogs_colunistas/mauro/


Com o fracasso nas primeiras competições do ano, o Cruzeiro reformulou sua equipe para o segundo semestre. Trouxe Fernandinho, um lateral que ataca, defende, cobra faltas e deu ao time uma área de escape na esquerda.Trouxe Ramires, um “meia” que marca muito bem, e sai com a bola melhor ainda. Ótimo passador e finalizador, Ramires foi enganado por alguém no passado, quando disseram que ele é volante.Trouxe Roni, que assim como em 2006, comeu o pão de queijo mágico e com sua experiência, foi o grande responsável pela nova maneira do Cruzeiro jogar. Repatriou Wagner, o ex-meia do América e da seleção sub-20 voltou, e desta vez muito mais leve em campo. Impressionante a velocidade de Wagner pra executar as jogadas. É o maestro celeste.Repatriou Alecssandro, o melhor centroavante atuando no Brasil. Ganha todas as divididas, bem como todas as bolas aéreas. A bola se sente protegida nos pés de Alecssandro, esperando aquela finalização que quase sempre termina nas redes.“Titularizou” de vez Guilherme, o caçula do time impressiona com o vasto repertório e a pouca idade. É utilizado pelo técnico como meia ou atacante.E Leandro Domingues teve uma boa seqüência de jogos. Só pra variar um pouco, o ex-jogador do Vitória também é veloz e criativo. Não precisa fazer força pra sacar quais são as principais virtudes desse time.Esse é o Cruzeiro que encanta: dois atacantes eficientes, dois meias ultra ofensivos, dois “volantes meias” que marcam, mas não são especialistas.Os adversários da Raposa devem manter a posse de bola e o volume do jogo. Isso porque o Cruzeiro, quando tem a bola dominada é, sem dúvida, a melhor equipe do Brasil. A que mais faz gols, a que mais perde gols e a que mais cria. Em contrapartida, quando o adversário ataca, o time mineiro está entre os mais fracos da série A. Qualquer tentativa de ataque do adversário é certeza de perigo ao gol de Fábio.Por este motivo, acredito que o Cruzeiro não tem tanta força competitiva pra tirar o título do São Paulo. Principalmente depois que Dorival Jr assumiu publicamente seu “ofensismo” e mostrou que está ciente da ausência de um volante destruidor de jogadas. Ou seja, o treinador não pretende fazer mudanças estruturais neste sentido. Por outro lado, os cruzeirenses têm comemorado tantos gols nos últimos jogos, que esta deficiência está passando despercebida por muitos.A opção do treinador pelo “ofensismo assumido” pode não trazer o título pra BH, mas nós espectadores de um Brasileirão carente, agradecemos a Dorival Junior por nos proporcionar os jogos mais agradáveis da competição.

Nenhum comentário: