sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Flamengo vence Juventude e agora está mais próximo de sair da Zona de Rebaixamento

Share |

Por Gabriel Seixas



Xô, rebaixamento! O Flamengo, cumprindo mais um de seus jogos adiados (agora faltando mais dois, contra Cruzeiro e Vasco), derrotou o Juventude e agora está a uma vitória (dependendo de uma derrota de Paraná ou Atlético-PR) para sair da zona do rebaixamento. Mesmo com o placar elástico, 4 a 0, nem tudo foi festa para o Mengão. O resultado poderia ser muito pior, não fossem as lindas defesas de Bruno em todo o segundo tempo.

A equipe não comemorava uma vitória tão elástica desde o dia 16 de Abril de 2006, quando derrotou o Guarani por 5x1. Dos que marcaram os gols daquela partida, Juan, Léo Moura e Obina permanecem no elenco atual.

O Mengão iniciou a partida no mesmo 4-3-1-2 das últimas partidas, com apenas uma modificação: Paulo Sérgio, que marcou gol contra o Palmeiras e que não pôde atuar na partida de ontem, deu lugar a Souza, que venceu a ‘briga’ contra Obina pela titularidade. Sem contar com Renato Augusto – que deve ficar de fora por mais uma partida, desta vez no domingo, contra o Goiás -, Joel manteve a linha de três volantes, com o prata-da-casa Rômulo, Cristian e Ibson.

Já a equipe da serra gaúcha atuou num 4-3-2-1, com Fábio Baiano e Michel organizando as jogadas pelos flancos, servindo o centroavante Tadeu, que não correspondeu às expectativas. O técnico Beto Almeida também colocou o experiente Marcão para fazer marcação individual ao meio campista rubro-negro Roger (tática que deu certo em alguns minutos da partida). A preocupação com a marcação pelas laterais também foi tratada com carinho: Barão e Zé Rodolpho jogaram como autênticos laterais, pouco saindo para o jogo.

Apostando nos erros da equipe carioca, o Juventude saía para o contra-ataque. Em um deles, Fábio Baiano invadiu pelo lado esquerdo e cruzou. Rômulo cabeceou, e quase marca um gol contra.

O Flamengo era pouco criativo, e com a marcação individual em Roger, ficava difícil a equipe criar jogadas que levassem perigo a meta de Michel Alves. Com isso, Juan e Léo Moura passaram a jogarem como alas, e Maxi Biancucchi teve de recuar mais um pouco para armar as jogadas, deixando Souza um tanto isolado.

O gol rubro-negro saiu apenas aos 30 minutos. Já que o Mengão não criava oportunidades, Régis deu “uma mãozinha” para o Flamengo (literalmente) e cometeu pênalti. Souza deslocou Michel Alves e abriu o placar para o Flamengo.

No segundo tempo, o panorama foi bem diferente. O Juventude, já com as entradas de Renato e Luciano, passou a tomar conta da partida, jogando no arriscado 4-1-3-2. E, a partir daí, entrou em ação o goleiro Bruno. Começando por Fábio Baiano, que arriscou de fora da área e exigiu boa defesa do goleiro do Mengão. Aos 32, uma verdadeira defesaça: Luciano desvia cruzamento da direita e chuta a queima-roupa, obrigando Bruno a colocar pra escanteio, numa defesa sensacional. Pouco depois deste lance, Michel ainda acertou a trave.

Pra quem achou que o gol de empate era questão de tempo, enganou-se. Joel colocou Obina no lugar do machucado Souza, e Léo Medeiros no lugar do cansado Roger, que pediu pra sair. Aos 34, o lateral Juan fez bonita jogada pela esquerda e cruzou para Obina, mesmo que desengonçado, marcar o segundo gol rubro-negro.

A partir daí, o Flamengo teve o total controle da partida. O terceiro saiu numa boa jogada de Obina – mostrando que está em forma -. Após receber lançamento primoroso de Léo Medeiros, o atacante fez jogada pelo flanco e serviu Biancucchi, que marcou o terceiro do rubro-negro, o segundo dele com a camisa do Flamengo. 5 minutos depois, O gol: Juan fez linda jogada pela esquerda, desde a intermediária até o flanco esquerdo, e após passar por 4 defensores, tocou na saída de Michel Alves e fez um golaço.

A partida comprovou alguns fatores importantes para o Flamengo:

- Do ‘bolo’ que veio da equipe do Ipatinga, Léo Medeiros é um dos poucos que devem – e podem – ser aproveitados no elenco. Jogando na posição em que gosta de atuar (como 3º ou 4º homem de meio-campo), pode render e muito na equipe rubro-negra.

- Léo Moura e Juan podem jogar no 4-4-2, desde que os três volantes sejam mantidos e possam manter esta obediência tática demonstrada nesta partida, e em outras anteriores.

- Obina, agora em forma, demonstra claramente um novo futebol, e deve ser titular (até mesmo com folga) do Mengão. Afinal, Obina “é melhor” do que o Eto’o!

Quanto ao Juventude...

- O problema é mesmo o técnico? Só neste Campeonato Brasileiro, a equipe esteve nas mãos de cinco treinadores. Mas parece que não é este o principal problema do Ju...

- Jogar com apenas um atacante não dá. Tadeu / Luciano precisam de apoio dos meias da equipe, sendo que Beto Almeida poderia repetir a escalação da equipe no segundo tempo, com Michel, Renato e Fábio Baiano criando as jogadas (ainda que seja uma equipe muito exposta).

Nenhum comentário: