terça-feira, 11 de setembro de 2007

No embalo de “Somália Funk”, Fluminense vence mais uma

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Por Gabriel Seixas


Ninguém segura o Flu! Mesmo com a vaga mais garantida do que nunca para a Taça Libertadores da América, o Fluminense quer mais. E no embalo do goleador Somália, que não marcava há dez jogos, derrotou o Atlético/PR por 2 a 0, com dois gols do artilheiro tricolor, e ajudou um dos seus maiores rivais contra o rebaixamento, o Flamengo.

Com a vitória, o Fluminense manteve a oitava posição, com 37 pontos, e mais tranqüilo do que nunca quanto ao rebaixamento. Já pelo lado do Furacão, não se pode dizer a mesma coisa: A equipe, por causa de um cartão vermelho recebido (nos critérios de desempate anteriores, Flamengo e Atlético/PR estavam empatados) volta a zona do rebaixamento, com os mesmos 29 pontos.

Renato Gaúcho tinha apenas um desfalque para a partida. Mas não era qualquer desfalque: Thiago Silva, com uma lesão na coxa esquerda, ficou de fora do duelo. Em seu lugar, entrou Roger, que por sinal, o substituiu com extrema categoria.

Somália queria voltar a dançar. Porém, no início da partida, ficou bem claro que quem dançaria era mesmo o Atlético Paranaense. Renato armou um esquema visando a exploração de seus alas (Rafael e Júnior César), já que Fabinho era um terceiro zagueiro. Jancarlos e Edno não conseguiam segurar o ímpeto ofensivo do Flu, e em uma jogada construída pelo lateral-esquerdo do Flu, Arouca chutou e a bola passou rente a trave de Viáfara. O brilho de Thiago Neves apareceu aos 25, quando exigiu uma defesa segura do goleiro colombiano do Furacão.

Só que, aos 39, uma jogada plástica de três jogadores do Fluminense: Thiago Neves cobrou falta rasteira, Rafael ajeitou e o artilheiro Somália, numa tabela sensacional com o lateral do Flu, sem deixar a pelota cair, marcou um golaço, o primeiro do Fluminense, e o fim do jejum do artilheiro que durava dez jogos. Funk do Somália? Nada disso. O camisa 9 preferiu agradecer a Deus e ajoelhar-se, numa prova de desconforto com a cobrança da torcida tricolor.

Porém, faltava um pouco mais para que a alegria de Somália fosse completa. E ela veio aos 21 minutos, quando Thiago Neves cobrou falta do lado esquerdo e o artilheiro testou firme para marcar o segundo do Flu, e o segundo do artilheiro na partida, dessa vez, com direito a dança e tudo!

Procurando segurar o resultado, Renato Gaúcho lançou Romeu e Cícero nos lugares de David e Thiago Neves, fazendo com que a equipe prendesse mais a bola e melhorasse o passe no meio-campo. Enquanto Gaúcho estava tranqüilo, Ney Franco ficava cada vez mais desesperado: De uma só vez, o técnico mineiro colocou Netinho, William e Marcelo nas vagas de Edno, que não pôde se expor na partida, Ramon, muito apagado e errando vários passes, e Pedro Oldoni, que ficou muito isolado na frente. A equipe melhorou, e Marcelo teve a chance de diminuir, porém Fernando Henrique fez uma bela defesa, na gaveta.

Uma vitória justíssima do tricolor carioca, onde o técnico Renato Gaúcho soube explorar o principal defeito da equipe de Ney Franco: A marcação pelas alas. Enquanto Pedro Oldoni ficou extremamente apagado e Ramon errou vários passes, Somália se redimiu com a torcida, marcando dois gols, e Thiago Neves manteve a regularidade, mostrando que é mesmo um dos melhores jogadores do futebol brasileiro.



- Fechando a 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, América de Natal e Sport jogaram no estádio do Machadão, em Natal. Após jogada de Paulo Isidoro, Leandro Sena abriu o placar para o Mecão. No segundo tempo, Júnior Maranhão cobrou falta e o goleiro Sérvulo rebate nos pés de Carlinhos Bala, que não perdoa e empata a partida. Com o resultado, o América volta a somar mais um ponto, desta vez com apenas 11 (em 25 jogos), na última colocação. O Sport, mesmo empatando, subiu duas posições e agora é o 11º, já que contou com tropeços de Corinthians e Atlético-MG.

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