domingo, 21 de outubro de 2007

Atlético-MG vence com Mineirão lotado e se distancia da zona do rebaixamento

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Por Gabriel Seixas


Empurrado por mais de 48.000 pessoas no Mineirão, o Atlético-MG recebeu o abalado Vasco e venceu pelo placar mínimo, com gol do zagueiro Marcos. Com um jogador a mais em todo o segundo tempo, o Galo manteve-se soberano do início ao fim e garantiu a vitória que lhe distancia da zona do rebaixamento. Agora, a equipe ocupa a 13ª posição com 43 pontos, enquanto o Vasco, que também soma 43, está em 12º.

Para manter o embalo na competição, o Atlético terá a dura missão de encarar o Fluminense, no Maracanã, jogo que será realizado no domingo. O Vasco também enfrenta uma equipe que está na parte de cima da tabela: O Palmeiras, no “caldeirão” de São Januário.

Visando conquistar a terceira vitória seguida na competição, o técnico Emerson Leão armou uma equipe bastante ousada para o duelo. Montou um 4-2-2-2 à lá brasileira, com Marcinho e Danilinho abertos pelas pontas, servindo o centroavante Vanderlei. Eder Luis, outro atacante da equipe, ora caía pela direita, ora pela esquerda, confundindo a zaga adversária. Outra novidade ficou por conta da improvisação de Gérson na lateral-direita, já que Coelho ainda cumpre suspensão imposta pelo STJD, após o polêmico lance da “foca”. O volante soube cumprir bem o seu papel, e quase não teve trabalhos em termos defensivos, já que Eduardo, lateral-esquerdo (também improvisado) do Vasco, pouco assustava.

Do outro lado, Celso Roth também fez várias mudanças em relação a equipe que foi derrotada pelo Flamengo, a começar pelo esquema tático: O técnico trocou o 3-4-1-2 pelo 4-3-1-2. Sem o zagueiro Júlio Santos e o atacante Marcelinho, Roth lançou Amaral no meio-campo – formando a trinca de volantes com Perdigão e Andrade – e colocou o veloz Enílton no ataque, fazendo companhia ao artilheiro Leandro Amaral. Na lateral-esquerda, Rubens Júnior, que teve péssima atuação contra o Flamengo foi barrado, e substituído por Eduardo, que é lateral-direito de origem (sendo que Celso tinha Guilherme no banco de reservas).

A partida começou em ritmo lento, e a jogada de ambas as equipes eram bastante previsíveis. Enquanto o Vasco concentrava as suas ações ofensivas pelo meio, o Atlético criava boas chances pelos flancos, usando e abusando dos “chuveirinhos”. Porém, quem acabou demonstrando superioridade foi a equipe visitante, que desperdiçou dois gols com Leandro Amaral e Eduardo, da entrada da área. Com o maior número de posse de bola e explorando os contra-ataques, o Vasco teve seu predomínio quebrado após a infantil expulsão de Eduardo, que recebeu o segundo amarelo após falta dura em Danilinho. Porém, o árbitro Wilson Souza de Mendonça não usou o mesmo critério em outros lances parecidíssimos, fazendo com que a expulsão, no fim das contas, fosse injusta.

O Atlético só veio tirar proveito da superioridade territorial na volta do intervalo, quando Leão trocou o apagado Vanderlei pelo xodó da torcida, Marinho – que teve seu nome gritado por boa parte do segundo tempo. O Vasco também voltou com uma mudança: Recompondo o setor esquerdo defensivo, Celso Roth colocou o lateral Guilherme na vaga de Darío Conca, deixando a equipe sem uma meia de criação de ofício.

O Galo abriu vantagem logo aos dois minutos da segunda etapa. Marcinho cobrou escanteio da ponta direita e Leandro Almeida cabeceou para linda defesa de Sílvio Luiz, que espalmou pra frente. Danilinho pegou a sobra e tentou o chute – que saiu fraco -, porém, Marcos pegou a sobra e, desajeitado, fez 1 a 0 Atlético.

O jogo começou a cair de produção, por parte das duas equipes. O Vasco já não era tão efetivo nos contra-ataques, enquanto o Atlético sofria com a inoperância dos seus dois armadores. Percebendo este detalhe, Leão trocou Marcinho e Danilinho pelos descansados Lúcio e Marquinhos. Do outro lado, Celso Roth corrigiu a alteração equivocada no intervalo, e lançou o meia Rafael na vaga do atacante Enílton, reforçando o meio-campo. Mesmo assim, a alteração foi tarde demais para que o Vasco se mantivesse vivo na partida, deixando o Atlético cozinhar o jogo, e conduzir a vitória até o minuto final.

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