segunda-feira, 15 de março de 2010

O Clássico dos Milhões...e das polêmicas

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Por Gabriel Seixas

- Flamengo x Vasco fizeram um jogo digno de Flamengo x Vasco. E essa rodada pelo Brasil marcou outros clássicos também, como Cruzeiro x América (não chega a ser um clááássico, mas é um jogo importante de dois times com tradição) e Santos x Palmeiras, um grande jogo que infelizmente não pude acompanhar. Mas tenho certeza que, assim como eu, quem assistiu o Clássico dos Milhões, não se arrependeu.

- Andrade não inventou na escalação do Fla. Certamente comemorou a volta de Adriano, um pouco acima do peso, mas com o faro aguçado para reencontrar o caminho das redes, e enterrar de vez a polêmica entre ele e sua noiva na semana passada, num baile funk. E finalmente o Império do Amor estava de volta, ao lado do “coadjuvante principal” Vinicius Pacheco, deixando Petkovic novamente na reserva.

- Vagner Mancini apontou durante a semana com a ideia de escalar o time do Vasco com três zagueiros, e foi isso que fez: Gustavo, Titi e Fernando formaram o trio de zaga, isso sem contar a proteção dos volantes Rafael Carioca e Paulinho, este que fazia sua primeira partida como profissional no Maracanã. A cautela acabava no trio da frente: o astro Philippe Coutinho, principal jogador do time, e a dupla de ataque formada por Rafael Coelho e Dodô.

- Os times começaram o jogo buscando o gol desde o início, criando inúmeras oportunidades no primeiro tempo. Vinicius Pacheco teve a primeira pelo Fla, quando aproveitou cobrança de falta rasteira de Fabrício, dominou na área e chutou, mas Fernando Prass defendeu. No rebote, Léo Moura ainda bateu pra fora, cruzado. A resposta vascaína veio à altura, com Rafael Carioca, que soltou um petardo da intermediária. E pela primeira vez no jogo, apareceu o dono da noite no Maracanã: Bruno.

- O Fla buscava mais o lado esquerdo para atacar, e numa dessas oportunidades, Juan recebeu passe em profundidade e chutou na saída de Prass, que defendeu. No rebote, Titi se antecipou a Adriano e afastou o perigo. Mas como o logo era lá e cá, logo o Vasco respondeu, com ele: Philippe Coutinho. Aproveitando a fragilidade do Flamengo no setor defensivo esquerdo, ele recebeu livre e chutou cruzado, mas Bruno espalmou.

- Vagner Love, até então sumido do jogo, apareceu pela primeira vez. E com estilo. Ele recebeu na área, driblou Gustavo, mas na hora de finalizar, bateu fraco, nas mãos de Fernando Prass. Em meio a tantas oportunidades criadas pelos dois times, a melhor veio aos 35 minutos: Willians derrubou Philippe Coutinho na área, e o juiz fez sua obrigação, que era marcar o pênalti. Dodô foi pra bola, sabendo que um gol no clássico seria muito especial para afastar sua má fase. Pois bem, seria, porque ele chutou fraco no canto direito de Bruno, que encaixou a bola.

- Se Dodô não resolveu, Philippe Coutinho tentou mais uma vez. Ele limpou o zagueiro e bateu forte, mas Bruno fez outra grande defesa. O Vasco fazia uma de suas melhores exibições no campeonato, talvez na temporada, mas o dia não era mesmo dos cruzmaltinos. Isso ficaria comprovado no segundo tempo.

- Logo aos quatro minutos, a grande polêmica do jogo. Vinicius Pacheco recebeu lançamento, invadiu a área, mas Fernando Prass se antecipou de carrinho, na bola. O juiz viu pênalti, e ainda amarelou o goleiro do Vasco. Polêmicas à parte, Adriano ensinou a Dodô como se bate um pênalti: o Imperador tocou rasteiro, no canto esquerdo de Prass, que pulou pro direito.

- O Vasco saiu pro jogo, buscando o – àquela altura, merecido – empate, mas quase levou o segundo, quando Juan girou o corpo e bateu no travessão. Mas aos 21 minutos, surgia outra grande chance de empate. Jeferson entrou na área, cruzou, mas Álvaro cortou com a mão. O juiz não hesitou em marcar o terceiro pênalti do jogo. A polêmica da vez era pra definir quem seria o cobrador do penal. Philippe Coutinho foi o primeiro a pegar a bola, mas atendendo às ordens do técnico Mancini, entregou a bola para Jeferson colocar a bola na marca da cal. Aí chegou Dodô, que desobedecendo ao técnico, pegou a bola e chamou a responsabilidade. Chamou também a responsabilidade de sair como culpado por uma possível derrota, e foi o que aconteceu. Ele novamente bateu no canto direito de Bruno, que acertou novamente e espalmou.

- O baque do pênalti perdido foi enorme, e o Vasco nem esboçou reação. Nem de longe o vencedor fez uma grande exibição, mas não se pode negar que o Flamengo foi mais eficiente, e tem um time melhor. E o principal: tinha Bruno no gol, e Adriano na frente (este que foi decisivo "apenas" no gol, pois com a bola rolando, foi praticamente nulo). O coadjuvante e o protagonista do incidente num baile funk na semana passada, inverteram (ou simplesmente igualaram) os papeis no jogo do Maraca ontem.

- Não foi a primeira vez que Bruno defendeu dois pênaltis em uma única partida. Ano passado, também numa vitória rubro-negra por 1 a 0, também no Maracanã, e também com gol de Adriano, o adversário era o Santos. E o jogador do Peixe também era um camisa 10, assim como Dodô: Paulo Henrique Ganso. Só que defender dois pênaltis num clássico é diferente, tanto para Bruno, quanto para a própria torcida, que ovacionou o goleiro. Andrade o pediu na Copa, e não seria tão absurdo, se o goleiro flamenguista nunca tivesse sido chamado para a seleção na Era Dunga.

- Ah, e um recado para Adriano: independente de quem seja, Deus perdoará “aquelas pessoas ruins”. Mas a torcida do Vasco não vai perdoar Dodô, e nem Vagner Mancini, pelo menos até o meio de semana, quando o cruzmaltino encara o ASA de Arapiraca, pela Copa do Brasil. O Flamengo tem novo compromisso na Libertadores, pela 3ª rodada contra a Universidad de Chile, em Santiago. A tensão por tremores de terra no Chile certamente aflige o time rubro-negro, mas nada que uma vitória num clássico não amenize. Ou não.

Um comentário:

Fernando Clemente disse...

belo resumao foi um fim de semana sensacional formula 1,formula indy em sao paulo nos deu vergonha pois foi muito mal feito choveu tudo.futebol nos estaduais a chuva nao deu tregua.botafogo e olaria foi polo aquatico nao jogo serio.cruzeiro so valeu por que depois o jogo melhorou mas mesmo assim foi muito fraco.e em sao paulo a briga da danças musicais.abraço