quinta-feira, 18 de março de 2010

Flamengo joga mal, e perde o jogo e a liderança para a Universidad de Chile

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Por Gabriel Seixas

No confronto dos líderes do Grupo 8, o Flamengo defendia o 100% de aproveitamento nesta edição da Libertadores contra a Universidad de Chile, em Santiago. Os torcedores da “La U” deram um show nas arquibancadas (justamente no estádio do maior rival, Colo Colo), e viram seu time vencer por 2 a 1. Os gols dos chilenos foram marcados por Vargas e Seymour, e no intervalo deles, Rodrigo Alvim fez o único gol do Flamengo, que cai para a vice-liderança do grupo com seis pontos, um a menos que a Universidad de Chile. Os dois times voltam a se enfrentar na próxima rodada, no Maracanã.

A partida não foi muito boa no primeiro tempo, mesmo porque os dois times não pareciam muito inspirados. O Fla teve a primeira chance, aos cinco minutos: Juan cobrou falta e Adriano cabeceou no travessão.

O time rubro-negro parecia sem vontade, errando muitos passes. O Império do Amor não funcionou em nenhum momento da partida, o que prejudicou o desempenho do time. Tanto que o outro lance de perigo do time, aos 29 minutos, veio de um bicão da defesa. Vagner Love controlou a bola e arriscou, mas a bola foi por cima.

Quatro minutos depois, outra tentativa rubro-negra, essa muito mais clara. Vinicius Pacheco cobrou escanteio, Álvaro desviou e Vagner Love, sozinho, testou pro gol, mas Conde espalmou. Aos 37, foi a vez de Adriano arriscar de longe, como nos velhos tempos. A bola passou com perigo.

As melhores chances eram criadas pelo Flamengo, mas a Universidad de Chile não estava morta. E como prova disso, aos 43 minutos, veio o gol. Montillo cruzou da direita, e Eduardo Vargas se antecipou a Bruno, completando de cabeça para o gol.

Andrade não mexeu no intervalo. Mas poderia ter mexido. Kleberson estava muito mal no meio-campo, errando muitos passes, assim como Vinicius Pacheco, que já está devendo uma boa atuação. O time rubro-negro sentia a falta de um volante de contensão, pois Willians sozinho não dava conta.

O outro volante era Rodrigo Alvim, e foi dele o gol de empate aos cinco minutos. Léo Moura tabelou com Adriano e bateu pro gol, mas Conde espalmou. Na sobra, Alvim tocou para o gol vazio, no ângulo, fazendo seu segundo gol na Libertadores. Os chilenos reclamaram de uma possível participação irregular de Vagner Love no lance (estava impedido), que realmente aconteceu.

A partir daí, os chilenos começaram a sufocar o Flamengo. Aliás, a Universidad de Chile logo retomou a vantagem, aos 10 minutos. Seymour arriscou um chute da intermediária, e Bruno falhou feio: deixou a bola escapar debaixo de seus braços.

Bruno se redimiu (ou não) em uma série de ocasiões. Aos 13, ele evitou um gol de Montillo, que desceu pela esquerda e cortou um zagueiro antes de bater. Aos 16, foi a vez de Olivera arriscar, e Bruno fez uma defesa sensacional. Percebendo a apatia de seu time (tardiamente), Andrade pôs Fierro no lugar de Kleberson. Petkovic parecia uma opção melhor.

A situação não surtiu efeito, e a La U continuou a pressionar. E novamente com Olivera, teve nova chance de ampliar, mas novamente Bruno salvou o Flamengo. O time rubro-negro só veio acordar aos 25 minutos, num chute cruzado de Fierro, que Conde encaixou. Nem parecia que os jogadores do Fla estavam jogando uma Libertadores, tamanha a apatia do time.

O Flamengo voltou a escapar de levar o terceiro gol aos 27 minutos. Contreras tentou um cruzamento da direita, mas quase acabou encobrindo Bruno, que espalmou pra escanteio.

A última chance de empate do Flamengo veio aos 33 minutos. Vagner Love entrou livre pela esquerda (se antecipando a Petkovic, que também estava no lance), e na hora da conclusão, cara a cara com Conde, chutou pra fora a chance de sair de Santiago com um ponto ganho. Foi a segunda derrota do time na temporada, depois da semifinal da Taça Guanabara, em que o time perdeu para o Botafogo por 2 a 1. Resta ao Fla vencer o novo confronto entre os times, no início de Abril, para recuperar a liderança do grupo.

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