Coxa bate Santa Cruz e assume a vice-liderança da Segundona

Por Fernando Murilo

Em jogo disputado na tarde de ontem (18/08), a equipe do Coritiba venceu de maneira sólida a
equipe da capital pernambucana por 2 a 0.

A tática do treinador pernambucano, que resolveu entrar com 3 volantes de contenção e liberar as ações do meia Nildo já que não contava com o jogador Carlinhos Paraíba, não surtiu o efeito desejado com o decorrimento da partida. A equipe curitibana, apresentando um futebol de toques rápidos capitaneadas pelo jogador Caíco, envolveu de maneira competente a meia-cancha coral, que não conseguia acertar o primeiro combate. As chances surgiram naturalmente pelo lado do coxa, que já aos 9 minutos ganhava a partida por 1 a 0. Em uma jogada do meia Caíco, ele acertou um passe primoroso para o atacante Hugo que, livre de marcação, apenas deslocou o goleiro dando um leve toque por cima do arqueiro Alexandre Vila.

O gol não provocou um efeito positivo na equipe tricolor, que não conseguia construir jogadas ofensivas e sempre deixava seus dois avantes isolados em campo. A estréia discreta do volante Genalvo era o retrato do time tricolor em campo: apático e sem criação ofensiva, dependendo apenas de lampejos do meia Nildo.

Do outro lado, o técnico René Simões, que formou pela primeira vez uma equipe bastante ofensiva de acordo com suas próprias declarações, costumava impedir as ações ofensivas da equipe coral impedindo a criação das jogadas com as sucessivas faltas no meio-campo, que irritava bastante o exaltado técnico Mauro Fernandes.

Para a segunda etapa, a surpresa coral foi a entrada do lateral-esquerdo Marquinhos Caruaru na meia-cancha coral, já que o treinador da equipe pernambucana percebeu que o destaque em campo havia sido o volante do coxa e não o Caíco. E, por ironia do destino, a equipe coral voltou melhor e produzindo alguns lances perigosos para a meta do goleiro Edson Bastos.

Mas bastou dar um pouco de liberdade ao meio campo curitibano que o Caíco fez novamente a diferença. Em uma bola espirrada da área do coxa, o meia dominou no meio campo e fez um lançamento primoroso para o atacante Henrique Dias, que recebeu carga faltosa do volante Romeu dentro da área: pênalti.

O gol que consagraria o meia na partida, porém, não aconteceu graças a uma grande defesa do arqueiro Vila na cobrança do penal. Então, o jogador passou a ser perseguido em campo por parte da torcida, e mesmo sendo o mais acionado em campo e participado de grande parte das jogadas ofensivas da sua equipe, ele acabou sendo substituído num misto de aplausos e vaias, mas recebendo o abraço carinhoso de René Simões.

A equipe coral, que havia dominado mais as ações ofensivas em campo após a perda do pênalti, não conseguia reverter esse domínio em gols. Isso fica bem claro pela brilhante atuação do atacante Kuki: não recebeu nenhuma bola em condições de finalizar e saiu de campo substituído de maneira melancólica pelo avante Creedence.

A alteração coral não surtiu o resultado esperado, e o coxa que estava retraído em campo voltou a atacar de maneira mais volumosa. Então, numa dessas jogadas, num chute sem perigo dado pela equipe curitibana, a bola é espalhada e sobra para o mia Pedro Ken, que abre a bate sem chances para o arqueiro Vila.

O gol foi sentido de maneira avassaladora na equipe coral, que mesmo com as alterações do técnico Mauro Fernandes não surtiram efeito algum na equipe. O meia Nildo, cansado em campo, não conseguia mais alimentar o ataque e isso impossibilitava as ações de finalização da equipe.

E assim foi a partida até o seu final, com o time tricolor apático sem ganhar nenhuma partida fora durante todo o primeiro turno da série B. Já o coxa, com os resultados de ontem, conseguia a vice-liderança da competição, assumindo assim posição de destaque na briga pelo retorno à elite do futebol brasileiro.